NOSSA POESIA
Pedi-lhe com ternura
(quase súplica):
poetize-se!
E você, voluptuosa
ousadamente respondeu:
poetize-me...
Envolvidos, enlaçados
produzimos tenros versinhos
que, gradualmente,
evoluíram para trovas
e poetizaram nosso viver,
como cantigas líricas.
Posteriormente, nos orgulharam
transmutando-se em sonetos
de suaves e angelicais redondilhas.
Hoje, no ocaso de nossa poesia,
formamos conjuntamente
um grandiloquente poema épico.