ESTREMEÇO

percebo a cidade encoberta,

estremeço...

sob o véu da vaidade escrevo:

“temo ser descoberto”.

de guardar o mundo velho

cansado venho e tudo me sorri disfarçado

esconde-esconde, adormeço alerta.

depois direi “era interminável

a agonia de pressentir o fim”

se evito o começo de cada evento

na ânsia do resultado e para desistir do que faço.

desvio do desfecho igual atenção

e desisto no meio, mas não como o faz o covarde...

eu desfaleço suicida suspenso em energia vital

Baltazar

Baltazar Gonçalves
Enviado por Baltazar Gonçalves em 03/08/2016
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