ESTREMEÇO
percebo a cidade encoberta,
estremeço...
sob o véu da vaidade escrevo:
“temo ser descoberto”.
de guardar o mundo velho
cansado venho e tudo me sorri disfarçado
esconde-esconde, adormeço alerta.
depois direi “era interminável
a agonia de pressentir o fim”
se evito o começo de cada evento
na ânsia do resultado e para desistir do que faço.
desvio do desfecho igual atenção
e desisto no meio, mas não como o faz o covarde...
eu desfaleço suicida suspenso em energia vital
Baltazar