vertigo
Aberto o coração
Da pedra
A vida lhe infiltra
Como uma dor
Insidiosa
Afunda,
Na lâmina
De sua lápide
E uma flor se
Pronuncia ainda
Suja de dor, mas
Na boca, o musgo
De orgasmo em prenúncio
Suas pétalas se fosse mãos
Doíam de acenar a
Uma janela imaginada
Mas que, fundo
Bem fundo
No perfurado
Era uma semente
Que dormia de uma milagre
Na baixeza desse terreno
Forjado na forma
Do discurso, onde
A porta é mais importante
Que sua passagem
(a pedra
Rústica)
Aceso templo
Esquecido,
A natureza em pele
Se dando
Aberta no coração
Da verdade
Orgânica protuberância
Desvirginada;
Onde afio o fio
Da faca, destilo o
Meu ódio estrangulado,
Com a boca ainda suja
De veneno me envergo
Na escadaria do tempo,
E vejo formigas conformadas;