vertigo

Aberto o coração

Da pedra

A vida lhe infiltra

Como uma dor

Insidiosa

Afunda,

Na lâmina

De sua lápide

E uma flor se

Pronuncia ainda

Suja de dor, mas

Na boca, o musgo

De orgasmo em prenúncio

Suas pétalas se fosse mãos

Doíam de acenar a

Uma janela imaginada

Mas que, fundo

Bem fundo

No perfurado

Era uma semente

Que dormia de uma milagre

Na baixeza desse terreno

Forjado na forma

Do discurso, onde

A porta é mais importante

Que sua passagem

(a pedra

Rústica)

Aceso templo

Esquecido,

A natureza em pele

Se dando

Aberta no coração

Da verdade

Orgânica protuberância

Desvirginada;

Onde afio o fio

Da faca, destilo o

Meu ódio estrangulado,

Com a boca ainda suja

De veneno me envergo

Na escadaria do tempo,

E vejo formigas conformadas;

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 03/08/2016
Reeditado em 03/08/2016
Código do texto: T5717870
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