Vigésimo Quinto Anjo......

A grande pedra foi arrancada do solo fértil...

Dinamitada virou a brita...

O grande rio esta profundo...

A escavadeira retirou das profundezas todo solo arenoso...

Esta secando ao sol...

As britas moídas cimento...

Para um alicerce forte...

Piso seguro...

E numa pequena fissura...

Um ser vive estica-se no sol...

E abraça-se na chuva...

Encolhendo-se entre grandes passos...

Sobrevive...

Quando um dia é vista como erva daninha...

E arrancada e jogada num grande lixo preto...

Esquecida sufocando-se do calor tudo fechado...

Quase morta e seca...

É arremessada num grande terreno...

Em meio a lixos plásticos...

Água suja restos de alimentos e mau cheiro...

Sua raiz quer terra...

E uma grande máquina espalha os restos em todo terreno...

É guando sua pequena raiz sem forças.

Sente a terra.

E volta suas forças...

Ainda que fraca sua chuva lhe cobre...

Seu sol lhe abraça...

A brisa lhe refresca...

O vento se faz plainar...

E sente-se no apesar do pesar...

Em seu caule a vida circular...

CARLLUS ARCHELLAUS
Enviado por CARLLUS ARCHELLAUS em 02/08/2016
Código do texto: T5717138
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