Das Prosas, o que se preza...
Desses ventos que nem bem vemos,
Enfunam & levam a nau escura,
Seja qual for a ladeira abaixo, visgos,
Lampejos em fados que a vez empurra,
Valha-me céus, daqueles ao Olímpio,
No que finda o vinha toda secura,
Deidades que afloram, a vez do ímpio,
Nas braças de tantos nós, armadura,
Sombras cadentes pelos subúrbios,
Sua tez alva, que corpo & frescura,
Dissonantes são aqueles distúrbios,
Na calmaria, a boa praia que se fura,
O largo sorriso deixa o vestígio,
Para novos horizontes a fronte oblitera,
Nada mais na vida assim tememos,
Sem deter a sedenta mão que a espera,
Lidas as constelações, o riso ao lábio,
O tanto que falta para a primavera,
Tantas libações pelo tempo teremos,
A nau escura a navegar na véspera,
Doces sabores almagamados sorveremos,
Tantos beijos, essa brisa em ternura,
Corpos saciados, das carícias que tivermos,
Muito além desses tempos, essa paz futura...
Peixão89
02.08.2016