VIDA TRAMPOLIM
Vida que secreta o coração arpoado,
Em fitacor dos nós os laços,
Que entre seres saltitando em palcos,
Nariz vermelho
Olhos pintados
Visão tristonha de palhaço.
Tentando segurar as pernas em cordas,
A vida tão curta
Não aguenta
Não suporta
E de repente escorrega das cordas,
Mas duas mãos ao trampolim o transporta.
De ponta cabeça ver a vida inteira,
A passar por seus olhos
O baú da grandeza
Te empurra de volta
As tuas cordas presas
E algemam as mãos
No trampolim da tristeza.
E sem forças
E sem coragem
Devagar aos palcos consegue voltar,
Nem liga mais se escorregar
Se o nó das cordas vier desatar
TRAMPOLIM-TRAMPOLIM
É seu ALTAR.
Arthur Marques de Lima Silva
Todos direitos Reservados
02/08/2016