CORADOURO

Indizível admitir calado meu sentimento

exposto, como se fosse roupa manchada,

expiando num coradouro vãs penitências

de purificação, sob permanente relento.

Lavadeiras falaciosas das margens do rio,

recolham-me já desse inaudito desvario!

o que julgais e vedes como uma mancha,

é adorno excelso do cerne da minh’alma!

JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS
Enviado por JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS em 02/08/2016
Código do texto: T5716495
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