VAGOS DESEJOS DA MADRUGADA

Eu quero da alma descoberta
O instante do deslumbramento,
O átomo do momento criador.

Quero a sensibilidade perene,
O abstrato que se fez concreto
Na infinidade de espantos.

Não quero o mutismo anímico,
Tampouco o silêncio insensível
Que se transforma em pesadelo.

Quero retomar os fluidos absorvidos,
As essências perfumadas do indelével,
Os toques pressentidos do grande prazer.

 
Otávio Coral
Enviado por Otávio Coral em 31/07/2016
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