Não reclamo
Há quem reclama e tanto mal diz,
contra este sol que arde e queima.
Os olhos que anseiam uma sombra
é a teima das arvores imaginarias.
Se uma nuvem escura vem encobrir,
iludo-me n0 frescor, é boa sensação.
Mas me adverte um raio tão fugaz,
que de estação nada entende o Sol.
Quando já é tarde, que o Sol se põe,
naquelas infinitas fusões multicores,
sinto que há um Deus dentro do sol,
faz a minha tarde bem mais bonita.
A chuva e o Sol são livres no tempo,
e nós somos apenas os espectadores,
angustiados pelo não entendimento,
destes fenômenos da mãe natureza.
Mas se a chuva cai nada reclamarei,
a inundação das ruas, becos e porões.
Jogo minhas saudades no barquinho,
posto nas enxurradas lá na infância.
Toninho