sede de comer o invisível

com as flores eu me embriago

meu sorriso estampado se alastra universo a fora

bêbado com a presença de todas as flores

minha alma se colore

ri e chora

goza e se aflora

de dentro pra fora

de fora pra dentro

com o pulsr dos ventos

em redemoinhos por mim prostrado

nesse meu sem fim

de outros eus

a gritar e a despertar a vida

por entender que viver é sentir

sede de comer o invisível

de pulsar com o contraste

de instantes embriagados

com o perfume e com os cheiros de todas as flores

do mato, à margem

do bosque, na relva

de todos os desertos

dos todos os riachos

das florestas

e lagos

dos mares

se há flores nos mares?

minha alma diz que sim!!

então, vivo prostrado nesse pequeno instante

nesse pequeno agora

que logo vem

e vai embora

que logo se evapora

deixando hematomas e cicatrizes

do gozar viver a vda

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 31/07/2016
Reeditado em 17/05/2021
Código do texto: T5714458
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.