sede de comer o invisível
com as flores eu me embriago
meu sorriso estampado se alastra universo a fora
bêbado com a presença de todas as flores
minha alma se colore
ri e chora
goza e se aflora
de dentro pra fora
de fora pra dentro
com o pulsr dos ventos
em redemoinhos por mim prostrado
nesse meu sem fim
de outros eus
a gritar e a despertar a vida
por entender que viver é sentir
sede de comer o invisível
de pulsar com o contraste
de instantes embriagados
com o perfume e com os cheiros de todas as flores
do mato, à margem
do bosque, na relva
de todos os desertos
dos todos os riachos
das florestas
e lagos
dos mares
se há flores nos mares?
minha alma diz que sim!!
então, vivo prostrado nesse pequeno instante
nesse pequeno agora
que logo vem
e vai embora
que logo se evapora
deixando hematomas e cicatrizes
do gozar viver a vda