meus destinos: solidão
Meus rios empalidecem
Meus lagos viram lamaçais
Meus dias amarguras longínquas
Meus instantes sem larguras se vão
Meus riachos putrefação infinita
Meus agoras azedumes sem prumo
As estrelas se vão na fuligem dos silêncios
Meus sóis se contorcem
e estremecem e se apagam na dormência de sem ti
Meus mares se evaporam
sem lonjuras
Meus ritos se desfazem
Minhas manhãs se tornam líquidas!!!!
À míngua os meus dias
se petrificam
Meus pecados vão pra os varais
Meus defeitos procissão de lamentos
Murcham as minhas flores às cinzas
Aumentam as minhas dores no oco estrume de mim
O meu ar fica descolorido,
anêmico e desprovido das tuas cores que a minha alma se inunda
E os meus destinos:
- solidão