Passos no escuro
Não há perda nem ganho
Quando se é estrangeiro
A senda escolhe
Viajante se ajusta
Sem saber que o faz
Ou com a certeza da escolha
Que um dia lhe acerta o peito
De dentro pra dentro.
A medida deve não ser um laço
A reprimir um forasteiro
Quase liberto do céu
Quase invisível
Mostrado de tempos em tempos
Na fulguração dos próprios demônios
Na figura sempre interna
Cozida na fenda
Esfumando a cada lampejo!