Cachorro Pedreiro
18/05/16
Cachorro pedreiro
Na hora vaga,
olhava o prédio crescer.
Queria morar ali.
Tinha de esperar para logo ficar pronto.
Pegava os tijolos,
entregava ao pedreiro.
O balde de cimento
empurrava com o focinho.
Ligava a torneira,
fazia a sopa de cimento.
Era seu serviço.
Não reclamava de cansaços.
Tinha quatro patas.
Quando não estava nada certo,
não fazia greve.
Latia.
Ficava no monte mais alto.
Mostrava sua autoridade canina.
Assim, era sua rotina. Adriana Quezado
SELECIONADA DE ANTOLOGIA LOGOS 21 JULHO 2016/ POESIA
http://www.carmovasconcelos-fenix.org/LOGOS/L21/LOGOS21-Jul2016-P-01.htm
Nunca li algo tão lindo!! Ileana Quezado