Ainda há montanhas em algum lugar,
sob as luzes da primavera,
embora o vale e prados congelem
em ríspido e longo inverno
Há tempestades de pó no deserto
onde o estio reina absoluto,
há muito azul nos oceanos profundos
em ondas que vão e vem, longe e perto
Ainda há no coração os sentimentos
risos, choros, sonhos e realidades,
porque viver é isso, seguir, procurar a meta
mas onde estará de fato o amor prometido?
aquele que esconde-se sempre,
apenas espreita entre as frestas
de um inverno, que cinza nos congela
os braços tão ávidos de laços e abraços
e um coração, que a cada dia, morrendo devagar
segue em direção a um ocaso perdido
29/07/16
De 12/06/08- reeditdo-
Nunca seja confundido o autor e seu personagem