A poesia
É sair da rotina e deixar
Para trás o que não mais
Me interessa
Quando escrevo contemplo
A ausência da minha solidão
E a poesia é a forma
Que deformo o meu tempo
Não quero mais olhar a ânsia
Sei sofrer separando-me de mim
Ao lado da porta entreaberta
Sinto a vida preservada
Por lembranças em mantos
Numa desordem sem reflexo
Repouso em seu colo
Para que proteja o meu sonho
Na fragrância da esperança
Em frente ao tempo que passa
Pois guardo o mar em mim
Para molhar toda minha alma
Nas partes carentes
Por uma emoção mística
Que relaxa em prosa a rosa
E abranda a ternura da noite
Para iluminar o meu pensar
Na sombra solta
De uma lua poética
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