SONHOS SUTIS
Saio a catar pedrinhas pela estrada
Para construir castelos que abrigarão sonhos...
De vez em quando paro, olhos em derredor
A observarem encantados as astúcias do homem sonhador
Que edifica aqui, edifica acolá, um mundo de aquarelas
Onde anda distribuindo sonhos na ânsia de encontrar
Os jardins rosados e floridos da eterna primavera.
Nos devaneios embalo os sonhos e não sei onde vão dar,
Por isso imagino rosas e mais rosas em meu pomar!
Nas noites silenciosas retomo os sonhos tardios
E os pinto conforme aventuras maravilhosas
Do meu ego perspicaz e juvenil
E a idade não mais importa
Se os sonhos são de criança...
Então velejo a consciência
A trazer-me de volta as lembranças
Que fazem o homem volver no tempo
As histórias de reino encantado,
Porque só assim minha alma vive
E se alimenta de sutis sentimentos!
As viagens dentre os sonhos
Tentam os mistérios da vida desvendar
E aqui o agora seja sempre o acolá
Sem importar onde se esteja,
Se aqui ou acolá...
O que importa mesmo são os dilúvios
Que vêm com os anos
E que mais e mais maduros e experientes
Saber-se-á contornar
A fim de que a existência seja algo diferente!
DUETO DE SOCORRO CALDAS / IVAN DE OLIVEIRA MELO