A SÂNIE DA ESFINGE

A sânie da Esfinge

Não é icor de podridão.

Trata-se de ouro líquido

A escorrer-lhe pelas pústulas,

Chagas e tristes úlceras

Dadas à mística criatura

Por Édipo ao destituí-lá

De todo o fluente poder,

Depois de o miserável

Assertivamente responder

Três toscas perguntas feitas

Pela, antes, intacta Esfinge.