poente II

P O E N T E II

Num horizonte vazio delatado

Refulgente o poente no alento das espumas

Vejo quedar num momento o vermelho sobre as vagas.

Desfibradas na latência deslembrada

Abraçando falésias com salsugens

Ouço a cantilena quase silenciosa da outra margem, com distantes ladridos a soar!

Deste panorama vê-se a fímbria

Dos amarantos vermelhos a medrar!