Engole o choro menina

Cada vez que mantenho me muda

Abrigo em meu peito segredos

Lágrimas que engulo de volta a minha garganta

Ainda que eu precise que elas escorram

As malditas querem se libertar

Brotam no fundo de meus olhos pequenos

Onde ninguém além de mim as pode sentir

Correm rápido, ou ao menos tentam

Andando em direção à minha face

Permito que cheguem aos meus olhos

Entretanto além deles não podem ir

Tenho que manter o silêncio e fingir ser forte

Recaio nos momentos de fraqueza

Unicamente ouço quem me machuca gritar

Sei que se trata de mim mesma, por isso preciso os calar.

Olinda
Enviado por Olinda em 26/07/2016
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