RECÔNDITOS DO INFINITO

Abrem-se os espaços peculiares

Nos recônditos máximos do infinito

Sinto nos poros da pele arrepiada

A entrada da sensibilidade poética

Grãos de poeira pressionada incendeiam-se

Nos lençóis do cosmo uterino e singular

Transcrevo no papel oceano branco

A verve das palavras da potência humana

Sobre a cabeça deste, único, planeta Eu,

O halo do brilho criativo e substancial

Universo e poeta, juntos, ressoam a Criação,

E vibram na mesma frequência originando

Coisas raras, planetas, estrelas, poesias,

Entre tantos. Gerar é a vocação maior de ambos.