VÁ EMBORA!
Um gélido sentimento no olhar traduzindo uma aspereza sem medidas;
As mãos trepidantes na eqüidistância do vazio desajeitando-se ao falar, revela-se no bulir do corpo tremulante;
E o tempo passou...
Não mais o frio será o resultado da estátua que me tornou,
nem o calor degelará a minha tez depois de tanta insensatez convertida aos meus olhos e cristalizada como tristeza.
Ah! Se pudesse, ao menos, escrevinhar sobre este momento e tudo fosse embora como se nada tivesse ocorrido, talvez, os meus olhos não me revelassem tão tristes e solitários firmando o infinito...
Quem sabe para te ver indo afora.
©Balsa Melo (Poeta da Solidão)
13.08.01
Brasil