Poesia mal feita
Mania boba essa
de poetizar os sonhos
de dizer do pranto
escrever sobre sorrisos
Petulância essa do escrever
sorrir ao ler
saber que não há razão
não há perdão
Ridículo é ler em seguida
aquela poesia doída
que o coração insistiu
em revelar
Chego aos nervos, rabisco
guardo, escondo
depois leio, releio
e sofro e rio e choro.