Poesia mal feita

Mania boba essa

de poetizar os sonhos

de dizer do pranto

escrever sobre sorrisos

Petulância essa do escrever

sorrir ao ler

saber que não há razão

não há perdão

Ridículo é ler em seguida

aquela poesia doída

que o coração insistiu

em revelar

Chego aos nervos, rabisco

guardo, escondo

depois leio, releio

e sofro e rio e choro.

Fernanda Bastos
Enviado por Fernanda Bastos em 25/07/2016
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