Vigésimo Quinto Anjo..
Abrindo o alçapão...
Descendo os primeiros degraus...
As idades diminuindo...
E as lembranças crescendo...
Envolvendo seu manto a saudade aquece e esfria...
Tantas fotos gravadas a cada degrau...
Sem lágrimas, mas num mergulho em voltar...
E por alguns anos o túnel do tempo regressa...
O espirito anda de costas para o irreal...
O sonho atrasado abraça o presente...
Descendo mais alguns degraus...
Engolindo num pulo outros quatro...
É chegado até o fundo da solidão...
Ali guardado as primícias da vida...
Acontecimentos que abriram o alçapão e a tristeza de si mesmo...
Alavancando na desistência sua maior contemplação de derrota...
Se nada estivesse próximo...
Seria assim separado...
Se tudo estivesse junto...
Seria dividido...
E aqui nesta sala de orações confusas que sentar o espirito é preciso...
E lembrar sem culpa...
Sem erro... que multiplica na falta de uma ação alheia...uma palavra...
Escraviza a alma machucada desiludida...
Fraca de suas habilidades de amar...
Lamenta em seu cômodo secreto... a solidão...
Sua perda...
A identidade efêmera...
Mas se olhar pra mim...
Seu cômodo e suas paredes reabrirão...
Um tempo sem paredes...
Acinzentado...
Erga suas mãos juntas como um funil...
Fure as nuvens e rasgue tua solidão e verás...
A esperança sentada com a vassoura mão...