Vigésimo Quinto Anjo..

Abrindo o alçapão...

Descendo os primeiros degraus...

As idades diminuindo...

E as lembranças crescendo...

Envolvendo seu manto a saudade aquece e esfria...

Tantas fotos gravadas a cada degrau...

Sem lágrimas, mas num mergulho em voltar...

E por alguns anos o túnel do tempo regressa...

O espirito anda de costas para o irreal...

O sonho atrasado abraça o presente...

Descendo mais alguns degraus...

Engolindo num pulo outros quatro...

É chegado até o fundo da solidão...

Ali guardado as primícias da vida...

Acontecimentos que abriram o alçapão e a tristeza de si mesmo...

Alavancando na desistência sua maior contemplação de derrota...

Se nada estivesse próximo...

Seria assim separado...

Se tudo estivesse junto...

Seria dividido...

E aqui nesta sala de orações confusas que sentar o espirito é preciso...

E lembrar sem culpa...

Sem erro... que multiplica na falta de uma ação alheia...uma palavra...

Escraviza a alma machucada desiludida...

Fraca de suas habilidades de amar...

Lamenta em seu cômodo secreto... a solidão...

Sua perda...

A identidade efêmera...

Mas se olhar pra mim...

Seu cômodo e suas paredes reabrirão...

Um tempo sem paredes...

Acinzentado...

Erga suas mãos juntas como um funil...

Fure as nuvens e rasgue tua solidão e verás...

A esperança sentada com a vassoura mão...

CARLLUS ARCHELLAUS
Enviado por CARLLUS ARCHELLAUS em 24/07/2016
Código do texto: T5707898
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