Poesia nociva

Tinha a pele preta

a boca suja de tapioca

o olhar do gado na fila do abatedouro

Trajava panos surrados

contemplava as figuras e letras gordas

de um livro magro

mais que ele

Nós, sentados

lado a lado

eu contando os minutos pro trabalho

ele esperando a hora de morrer.

xxyyxxyy
Enviado por xxyyxxyy em 23/07/2016
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