Desatinadamente Dor
Os versos que hoje rimo,
Fala da constante dor...
Aquela que salta do íntimo,
Seja por angústia, decepção ou amor!
Não sei se todos a sentem,
Sei que não é pra todos igual...
Sei que alguns negam ou mentem,
Outros acham muito pessoal!
Mas, quando ela lateja,
sufoca ,incomoda e transtorna...
Mesmo que sozinho não esteja,
Ela dói de qualquer forma!
Faz você perder o rumo,
Sem saber o que fazer...
Se sente num túmulo,
Sem força pra viver!
Ela dói tão profundo,
Aqui no centro do peito...
Fazendo- te moribundo,
Jogado, pálido num leito!
Com as pessoas conviver,
Torna- se um grande sacrifício ...
Escondendo seu sofrer,
Omitir- se vira um vício!
Esse gomo na garganta entala,
A passagem obstruindo...
O pranto a voz cala,
O ar vai se exaurindo!
Os pensamentos se atropelam,
Os olhos fixos num ponto...
Sentimentos ruins martelam,
Submergindo lá do fundo!
Aqui dentro deve haver,
Uma reserva de dor...
Onde se escondem as mágoas,
Frustrações e pavor!
Quando se abre da reserva a porta ,
Nossos fantasmas todos se soltam...
Com a dor do momento se misturam,
E desculpas pra essa dor não faltam!
Uma confusão de pensamentos,
Que ressuscitam dores antigas...
E revivemos todas elas,
Reabrem- se inúmeras feridas!
Ai! Essa dor latejante!
Dilacerando o coração...
Dói tão profundamente,
Perdemos a razão!
Mas, se olharmos as fontes
De cada dor que se manifesta...
Sofrimentos aos montes,
Franzidas na testa!
A dor que sentimos agora,
Tem hora e dia pra acabar....
Assim como as dores de outrora,
Não devem mais aqui estar!
Porque o momento causador,
Desse fragelo no peito,
Teve teve seu minuto para transpor,
Passou... Acabou seu tempo!
Então, ao olhar o que passou,
Não são as dores que devemos ver...
Mas, sim as batalhas que lutou,
E tudo que conseguiu vencer!
Que está dor seja deste momento,
Difícil que agora passa...
Não algum antigo lamento,
Que o tempo transpassa!
E dói...Como dói...
Deixa ela palpitar...doer!
Sei que ela a alma mói...
Mas depois dela alívio... prazer!
Alma Nua,
Quinta- feira, 19 de Julho de 2007, 05:00