UM POETA... MIMOSO


Eu meço o mundo pelos meus tropeços
E mundo é como chamo o meu quintal,
Se a nada mais conheço... Mas, que tal?
Gostou? É só curtir que já agradeço

O agrado. Eu sei que até mereço mais,
Que não tem preço o quanto em verso faço.
Fazer o que... Leitores são mortais,
Escrevo e canto aos cultos, aos banais 
Aceno, em todo caso, e mando abraço.
Eu canto a vida, o amor, que amar eu sei,
Vou pelo avesso, ali, no que tracei

E quem dirá do que me acende o riso?
Eu posso e quero - devo? - não preciso...

Eu teço um dia todo amor e entregas

E tenho um fraco por anjinhos - mimos! -
Não venha me dizer, leitor, "São bregas
Seus versos!".Como amamos, como rimos...

Eu cesso a festa em verso a beira-alcova,
São tristes rédeas desse tempo hostil
À vida, ao outro, a amar que só se prova
Amando sem reserva... Ah, quem mentiu
Aos homens na prisão de sacra lei?
Parando aqui, que o que falei, falei...


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Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 21/07/2016
Código do texto: T5704905
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