Dia a dia eu espero a última tarde
que me liberte da noite que me trás você
suspirando vou às horas
do teu amor que me enclausurou o ser.
 
É dor o riso com sabor de absinto
que embriaga a alma e lhe trás pertinho
e vejo um turvo e claro firmamento
por tua batalha de me afastar do pensamento!
 
Meus olhos vêem o sol, em tua imagem
queimando-me o desejo sem juízo
onde adormeço sob o mármore imortal
aguardando teu doce beijo para meu final sucumbido!
  
No céu relampeando, trovões gritando
meus olhos firmes, luzentes te aguardando
do antigo pensamento armado
o desejo em fim sepultado

pela indiferença do amado querido!