DESPERTENCIMENTO
Não nos pertencemos.
Doamos nossos cantos,
estancamos os prantos
nos prazeres obscenos.
Como crer nos acenos,
marcando despedidas,
com palavras sentidas
de amores tão serenos?
A singrar mares plenos,
insuspeitei a vil ousadia.
Levaste a minha poesia,
era ela os meus remos.