Sirena
Já virou uma espécie de ritual
Você redesenhando o trajeto das minhas palavras
Oferecendo-se como musa e espectadora
Da aurora ao pôr do sol, com requintes de atração
Igual ao coral vermelho, único, entre tantos iguais
Já te vi outono, verão e inverno
Tudo se torna terno
Que fica sempre o desejo de "quero um pouco mais"
Percebo que aos poucos,
Não em doses letais
Vai se acomodando de jeito ameno
Aguardando as palavras, igual beija-flor diante do seu belo labor
Duelos de palavras não há vencidos
Há versos e estrofes
Rimas e poesia
Quero que sejam assim, o tempo que tiver que durar
Talvez assim seja mais sublime
Encarar a realidade do jeito que as coisas são
Traduzindo nas entrelinhas
As estranhezas que causam as coisas do coração!