À MEIA-LUZ

É madrugada cerrada

Luz vinda da lâmpada

De vapor de mercúrio

Do poste na rua

Derrama-se pela janela

Aberta do meu quarto

Deixando à meia-luz,

O seu retrato esquecido

Sobre a cabeceira da cama.

À meia-luz está o meu coração

Sem a luz completa e cálida

Que me era você.

Lá fora a madrugada acaba

A lâmpada do poste se apaga

Continua aceso, só o meu viver

Em total saudade com sua ausência.