a tarde

Só nesse intervalo,

Vários homens passaram

Embaixo das pernas

Dessa tarde, que tilinta

Nas pedras como se

Dela fosse amor

Essa tarde

Que, sobre

Nossa cabeça

se mostra maior

Que sol,

De onde seu parto

Se deu nalgum respiro

Desse sol de si mesmo

Tarde, que nos esquenta

O futuro

Que nunca

Chega

O futuro não existe

Mas se faz esperança

No torvelinho alegre

Que bronzeia esse pedaço

Da vida

Tarde

Essa que brotou ,

No torpor da manha,

Da esquadria do meio-dia;

E até que o turvo

Da noite receba

O cetro de girassol

Desse tempo, reinará

Até que a noite a esvazia

Só nesse intervalo,

Vários homens passaram

Embaixo das pernas

Dessa tarde,

Essa tarde

Que, sobre

Nossa cabeça

E se mostra maior

Que sol,

De onde seu parto

Se deu nalgum respiro

De sua verdade

Nos esquenta

O futuro

Que nunca

Chega

O futuro não existe

Mas se faz esperança

No torvelinho alegre

Que bronzeia esse pedaço

Da vida

Tarde

Essa que brotou ,

No torpor da manha,

Da esquadria do meio-dia;

E até que o turvo

Da noite receba

O cetro de girassol

Desse tempo, reinará

Até que a noite a esvazia

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 20/07/2016
Reeditado em 20/07/2016
Código do texto: T5703902
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.