Labirinto grafitado
O seu gosto vem,
como chuva temporã,
e eu i’nda perdido,
pelo gosto da maçã.
Bebendo o doce néctar,
como premissa fosse,
num sabor da vida,
para deleitar-me.
E assim bebo dessa água,
para prender a mágoa
em um labirinto de grafite
que deixei perdido no vão do anonimato.
Invento um novo jeito
para lhe afagar o peito,
numa ânsia, vez primeira,
e nunca derradeira.
Desde o início,
nosso amor virou vício,
sem trauma e sem dilema,
mas, uma perfeita teoria, sem nexo algum.