Vigésimo Quinto Anjo.
Entre dois paredões de pedras luz pálidos...
Um corredor que a luz sopra o ar intenso...
E minhas pegadas te procuram...
Interna fonte...
De luz opaca rosa pérola...
Labirintos perfumados tuas migalhas de presença escorrem...
Inundam até cobrirem meus joelhos de sumiço...
Luto contra teu vento...
Até teu altar de lamento...
Teus degraus de sofrimentos...
De joelhos debruça tua voz em pedidos...
De absolvição...
De erros inocentes.
De pecados contundentes...
E poucas ações valentes...
Apenas a luz pálida cobre tua semente...
A tua alma vibra emoções fantasmagóricas...
O vento contorce teus finos cabelos para trás...
Teu pensamento debulha todos os sentimentos sem razão, tempestades...
Teu interno coração...
Ajoelho-me...
E peço a tua mão...
E teu todo me vem...
E mostra tuas mãos vazias...
A palma calejada pela vida...
E úmidas cachoeiras de lágrimas entre teus dedos...
Teu rosto manchado por indicadores alheios que te julgaram no tempo...
Teus lábios trêmulos calados engolidos pela sentença...
E olhos arregalados á não acreditar na verdadeira visão tua...
E sim nas manipulações escravas...
E no desespero agarra-se em meus joelhos e desaba as ultimas gotas...
Acaricio teus cabelos...
E peço que estenda suas mãos...
Em forma de concha...
É quando me aproximo de você...
E recoloco cada sentimento em tuas mãos...
E juntos o sabor de cada fruta tua...
Será saboreado...
O paladar...
Antigos e novos...
Entortaste os lábios...
Sei que falaste algo...
...as paredes...
Eram as vertentes obras da tua essência fragilizada...
...hoje floridos campos de tua alma...
Do teu lindo coração...