Um beijo de prata!
Um beijo de prata!
Um beijo de prata cravado no asfalto...
Um grito de morte fincado na veia...
Um vôo rasante de asa partida...
E num segundo lá se foi a vida.
Um ponto final me calou o sorriso...
Chovia na hora, parecia aviso...
Não deu tempo nem pra nada...
E minha voz foi sufocada.
Então o silencio abraçou-se comigo...
Levou-me dali para um canto amigo...
Uma ultima olhada daquela janela...
Que olhando daqui parecia uma tela.
Voar não da mais, já não sou passarinho...
Quebrou-se meu galho perdi o meu ninho...
Tenho a sensação de não mais estar...
E essa certeza de não mais voltar!
Santaroza