NA PAUSA

Apenas um bocado que nele nasce

Da teoria depois de informado

Se pode contar nu e deitado

Rebeldia nos há de matar

Não lhe alivia o tempo avançou

Sem descobrir o fundo deste oceano

Do fruto à superfície voltar.

O poema não é amor que nutro por ti

É o encanto de teu olhar

Na fonte onde ele flui incompreendida

Se desejas tocar fica agarrado

O vermelho me queres abraçar

Tornei-me num pedaço no contorno lunar.

11:40, 16-07-2016, Jey Lima Valadares

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PARA A LIBERDADE

Da noite que te finge perdido

Sem lírios e sem lagos no buquê de ruídos

Que uma rosa seja dos dias enevoados

Nos montes prateados o coração.

Violetas nupciais hoje apetece-me

Na minha biografia os degraus duma lua a celebrar

Na tua adolescência uma casa cor-de-rosa

Que moldar o vento uma flor a navegar.

Como um anúncio à varanda do noivado

No teu dedo caiba o meu convento

Viola afina festejando-a

Um mistério aperfeiçoando-a.

12:40, 16-07-2016, Jey Lima Valadares

Jey Lima Valadares
Enviado por Jey Lima Valadares em 16/07/2016
Reeditado em 16/07/2016
Código do texto: T5699490
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