NA PAUSA
Apenas um bocado que nele nasce
Da teoria depois de informado
Se pode contar nu e deitado
Rebeldia nos há de matar
Não lhe alivia o tempo avançou
Sem descobrir o fundo deste oceano
Do fruto à superfície voltar.
O poema não é amor que nutro por ti
É o encanto de teu olhar
Na fonte onde ele flui incompreendida
Se desejas tocar fica agarrado
O vermelho me queres abraçar
Tornei-me num pedaço no contorno lunar.
11:40, 16-07-2016, Jey Lima Valadares
###########################################
PARA A LIBERDADE
Da noite que te finge perdido
Sem lírios e sem lagos no buquê de ruídos
Que uma rosa seja dos dias enevoados
Nos montes prateados o coração.
Violetas nupciais hoje apetece-me
Na minha biografia os degraus duma lua a celebrar
Na tua adolescência uma casa cor-de-rosa
Que moldar o vento uma flor a navegar.
Como um anúncio à varanda do noivado
No teu dedo caiba o meu convento
Viola afina festejando-a
Um mistério aperfeiçoando-a.
12:40, 16-07-2016, Jey Lima Valadares