acabou?
rasgos de trevas
entalados na goela,
no tecido, na sua
dramática trama
vermelha e fluxogênica
como que um
lascivo roendo
os ossos
no trampolim de um fosso
inaldito ,
que ninguém explica
como apareceu ai
aberto aos olhos
da carne, como
amar com todo
esse entupimento
dos sonhos, com
essa cidade tomada
de desesperança,
nesse reino de infâmia,
rondando os passos,
que vai e volta
que vai e volta
como se não soubesse
outra forma.
sanfona de um
quântico mal acabado;
e lá fora, o pão que
o dia amassou no cardápio
dessa vida cotidiana;
e muita gente não
sabe que o mundo acabou.