FILHO DO VÍCIO

FILHO DO VÍCIO

Tu, filho errante destinado ao vício

A noite escura encobre-te a vida

À luz do sol, tua apatia sorvida

Gera uma luta, forte, sem armistício

Farrapo humano, em figurino algoz

Leva ao degredo e dor, após prazer

Da escuridão, ressurge então um ser

Do social, em ciclo errátil e atroz

Burlando a vida com tão fraca voz

Sopra em delírio o peito a escarnecer

Do outro irmão; estando tu a sós

Enfados d’alma, num cruel suplício

Chagas abertas... Mente pervertida

Que te encaminha ao duro e longo exício.

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Interação do poeta ANTONIO TAVARES DE LIMA. Grata!

Se um dia o atroz de mente me afoga

Na escuridão de vicio tão alegre

Por trás e dentro da própria sinagoga

Espero que o corpo um dia TE esfregue...

Neste esfregar com mentes bem mAIS LOUCAS

Arqueje, quebre-se com ranger de dentes

Sentir os gritos de gargantas roucas

Porque normalmente nunca tu sentes...

Neste afã dormente, quadris ousados

Num baloiçar de carnes como folhas

Só vejo vícios por todos os lados....

Nunca deixarei este vício maldito

O qual me vem ao corpo como bolhas

Irei com ele até o infinito

xxxxx

Interação do poeta ANDRÉ LUÍS. Grata!

Todos nós levamos juntos nossos vícios

Em alguma parte lúgubre do ser

É a nossa estrada rude a vencer

Recamada de espinhos e suplícios...

Na ilusão cinzenta e fria de edifícios

Em sorriso doce... Fruto a apodrecer

Nos alimentando até o entardecer

cego à noite tenebrosa dos cilícios...

Monumento ao ego ergue-se ao dia

Só em si a mente se anestesia

Leva alegremente a vida na tristeza...

Mas, um dia a noite chega a todos nós

E o espelho a refletir a dor atroz

Faz a morte desabar do céu acesa...

AGRADEÇO, DE CORAÇÃO, AS BELAS E SENSÍVEIS INTERAÇÕES

Aila Brito
Enviado por Aila Brito em 16/07/2016
Reeditado em 10/02/2024
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