Entranhas
Em nimbos apinhados, molhei
pior que rio na enchente
não pedi , mas vieram, as águas de verão
Em torrentes caminhei, virei limo, sou de barro
rolei pelos campos embebidos, como criança brinquei
Quis para mim a chuva, de gota em gota sorver
as águas em meu viver
Vive em mim agora, o gosto doce da patameira
sorvido nas entranhas