lavadeiras
O forno acende pelas
Mãos virtuosas do cozinheiro
Do mar,
E o rescaldo, até
Então esquecido volta
A aquecer os muros
De esperança,
somos tantos e tão poucos sabem
Das fileiras de fogo,
Do gesto ardente que
Mantém aberta a porta
Que estende a vida.
No vagar das horas,
Os instantes, outra
Forma de saber do dia,
Entrecorta os vagões
Do corpo e sua pele
Que lhe esconde do
Escombro das guerrilhas,
o inferno não suporta
O suor dos deuses congruentes.
É nessa áurea que se
Instaura as lavadeiras
que tiveram sua noite
desprendida
em suas mãos, o tempo
reescrito,