O estranho
Corre no viaduto a voz inclinada,
os pes da terra dos anos,
Rostos inalterados,
Deslizando da boca
Do nada,
Sem cor,
Sem dor,
Estufado asfalto
Tragando suspiro rouco,
Nesse instante um papel
Deixado no fim da rua
Recado do proximo encontro,
Lançado fogo da ladeira,
Estranho,
Sem nome,
Sem rosto,
Sem corpo,
O barulho da praça se cala,
Ele esta a escutar o silêncio
Estrangulando as formas
Sombrias,
Gritam,
Viram o templo adormecido,
Sem rezas,
Se pegam olhando
Espaços,
Sufocado dentro do peito,
o estranho,
Nada me diz,
Andam ruas,
Foi embora,
O estranho nao deixou seu nome....