Celagem IV

(Celagem4)

Ao longe... Falésias ruídas

Florões de fogo

Mudas distâncias, onde o céu encarde.

O ruído do mar é desgastante

Enganam-se as vagas em malogro

Borbulha no sangue

Tristezas da tarde.

Destilo em pensamentos húmidos calores

Marés interiores

E o sol quase apagando no mar

Sangue de prata salgada sobre as aguas

Vermelhas no horizonte!

Passa quem vai e quem vem

Nas janelas do trem

Carregando a fadiga e o ócio

Do próprio corpo

Amem.