a gostosa

a canícula arterial

que sustenta a parte

do maquinário dos olhos

suga o branco

que

da porta da casa

(parece sol

ou alguma novidade

que revela coisas caras)

salta entre

os sapatos da gostosa

que não sabe

que eu existo

mas quero dizer

aqui nesse

poema barato

que,

através dessa

poema vejo

outras gostosas

que dão muito mole,

ouviu, gostosa, que

nem é gostosa assim

é mais maquiagem, que

nessa passarela coberta

de agonia, desfilam, um

tanto torta, meio morta,

sem brilho, no rosto, o desatino,

outras gostosas, viu, gostosa

que dá canícula solar é avistada

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 13/07/2016
Código do texto: T5696733
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.