ultimamente

eu nem existo

para quem apenas

me olha

eu sou vaga

e passageira

para os meus amores

de uma noite

eu sou hipérbole

até assusto

quem me enxerga

pois...

gosto daquela chuva que dá

enquanto todos correm

eu a chamo para dançar

gosto das bebidas fortes

dos abraços demorados

de conversas longas

dos meus amores inventados...

daquela risada alta

que contagia qualquer um

dos sorrisos sem motivo algum

gosto de amar

mas amar de verdade

com exagero

com amor!

e do mar

das estrelas

de deitar na grama

e apenas admirar.

mas é raramente

que alguém me enxerga

e ultimamente

eu não tenho existido.

Tacia Buganem
Enviado por Tacia Buganem em 13/07/2016
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