ultimamente
eu nem existo
para quem apenas
me olha
eu sou vaga
e passageira
para os meus amores
de uma noite
eu sou hipérbole
até assusto
quem me enxerga
pois...
gosto daquela chuva que dá
enquanto todos correm
eu a chamo para dançar
gosto das bebidas fortes
dos abraços demorados
de conversas longas
dos meus amores inventados...
daquela risada alta
que contagia qualquer um
dos sorrisos sem motivo algum
gosto de amar
mas amar de verdade
com exagero
com amor!
e do mar
das estrelas
de deitar na grama
e apenas admirar.
mas é raramente
que alguém me enxerga
e ultimamente
eu não tenho existido.