MARIA DA PENHA
E remava com colher
o arroz que cozinhava
Se chorava, ninguém via
a desculpa da cebola
Muita roupa pra quarar
pouco tempo pra viver
Foi assim por tantos dias
nem sonhar sonhava mais
Os seus olhos suplicavam
me socorre desta dor
Eu sabia do seu medo
rosto roxo me dizia
Eu que era motoboy
lhe chamava pra garupa
E falei de mil estradas
todas elas pra fugir
Mas a pizza vinha fria
era o gelo da agonia
Hoje a "queda" foi fatal
estirou-se no quintal
Nunca mais vai levantar
nem precisa do jantar