Do Fine and Cannibals!

Fritou azaléias, açúcar de beterraba, cães & uivos,

Atravessou a rua noutra hora aspargos, foz, gás,

Hordas mandadas de mandala aurífera, visigodas,

Pão sovado para embalagem semanal, ar trinado,

Mais um tiro no pé, do pé na bunda, pista turva,

Roda rua debaixo das cobertas, do teto & tretas,

Uivos da vizinhança vociferantes, caudais movediços,

Pneus cortando cabeças desarvoradas & sem juízos,

Falou para não invadir atrás da puta da pipa,

Trilhas de farsas & desmazelos, outros cascos,

Cascalhos atirados sobre costas a paisana,

Locupletam a indignação por falcatruas nuas,

Rasgados & marafundos, distinto público,

Tentou procurar a paz, só encontrou o inferno,

Calca a porta, aparte torto, esculhamba a tez,

Sobras de peitos em cada cama, louça no sofá,

Catados & foragidos para outro engodo nacional,

Cisterna vazia com vaga para alugar alicates,

Pustulenta reverberação com um triângulo sísmico,

Alienados sem alianças póstumas, fúria no Tigre,

Mais um ano sem cinema, projeção inacabada,

Portão para passagem burocrática, solos,

O olhar centelha outra lágrima dissonante,

Das pancadas, dos arremessos, a falta de peso,

A noite ainda sorria, enquanto a voz se calava!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 18/07/2007
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