Faceta
A pálpebra palpita
Quando a pena apenas sente
E a alma sempre fica, insistente,
Encimesmada e inconsequente,
Em sua queda favorita.
E a noite põe os papéis empoeirados sobre a mesa
Traz inquirições ao que é certo, concreto
Aumenta em tamanho o deserto, incerto,
Em um arrepio de doçura e aspereza.
É quando os dedos entretecem as cenas
E se pode ser quem é, por inteiro
É quando o pó da retina são centenas
De entulhos de um caminho verdadeiro.