sangra e bate e mais nada
Ser doido
À flor da
Pele
flor
Que vomita
Gás
Pelas estranhas
Em seus andares
Calcinados, fundido
Á martelo pela
Fala dos jornais,
o que seria o jornal
senão
mão materializado
em discurso,
onde o que
menos vale
é que o
se diz
o que sugere
é mais
como lixo,
como esgoto
sugere
que lembra sujo
o perdido
usado
que nada
mais é que o comida
dos urubus
que
que que mais se diz
E vaporiza
De si
A agonia diária
Feita á latidos
De cachorros
Que salivam
A fome
Essa fome
que alastra
pelos cantos desse país
Que é do cachorro
Mas que nasce
Dos homens
forjado
pela palavra
que mais fere
que ensina
que mais doutrina
que é mais para latrina
mijo,
planta esmorecida
no canto da sala
esquecida
De horas entretidas
A ácidos do gotejam
Pela canícula impiedosa
Do estômago do mundo
Onde palavras bem amarradas
Apodrecem
E germinam
Em primaveras fétidas
Que não sabe
Outra coisa,
Senão alimentar
Outros doidos
Doido a flor da pele
E escorraçar pra longe
Essa vapor de nojo,
Que além
Da aparência
É obsceno e indecente
Nesse lugar onde tudo
Que se planta dá
Onde o coração
Bate e lateja e
sangra
e mais nada