Depressões

O estranho corre nas veias...

Buscando uma resposta...

Mas o medo toma conta do próprio ser...

Os arrepios, e os choros voltam...

Não há lugar seguro, todos os lugares são escuros...

A claridade é interrompida pelas trevas...

O único som é o ranger dos dentes...

O corpo adoece, não quer se mover...

O pensamento é o ser vivente que escolhe...

Escolhe qualquer esconderijo, menos voltar à luz...

Os filmes de terror passam em todos os segundos...

Não param, e a única fuga é dormir...

No sono a paz interage na vontade...

Os sonhos são diferentes e as razões de vida também...

Nada te persegue quando o adormecer vem...

Logo o dormir se torna realidade, e a realidade é o pesadelo...

As químicas externas são as personalidades do ser...

Sem elas não se vive, e elas evoluem em ser humano...

O rótulo é o corpo...

As drágeas a alma...

A loucura é o próprio pensamento...

As verdades são as mentiras da mente...

O corpo muda de direção...

E só quer uma solução, fugir de si mesmo...

As prateleiras estão vazias...

Não há nenhum amor sobressalente nelas...

As esperanças são cozinhadas em gordura quente...

E a vontade de não existir é servida todas as manhãs...

Só há um pensamento...

O sótão esta aglomerado de passados longínquos...

Nada é aproveitado...

É jogado para fora e desintegrado pelos dias que se vão...

Não há futuro...

O presente não existe...

O ar sufoca...

E a surdez é inevitável...

Os sentimentos atrofiam, encolhem...

O vazio...

Um buraco...

Tanto faz a cama para deitar...

Tanto faz uma palavra dita...

Tanto faz, o tanto faz...

Nada faz tanto...

CARLLUS ARCHELLAUS
Enviado por CARLLUS ARCHELLAUS em 12/07/2016
Código do texto: T5695183
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