Depressões
O estranho corre nas veias...
Buscando uma resposta...
Mas o medo toma conta do próprio ser...
Os arrepios, e os choros voltam...
Não há lugar seguro, todos os lugares são escuros...
A claridade é interrompida pelas trevas...
O único som é o ranger dos dentes...
O corpo adoece, não quer se mover...
O pensamento é o ser vivente que escolhe...
Escolhe qualquer esconderijo, menos voltar à luz...
Os filmes de terror passam em todos os segundos...
Não param, e a única fuga é dormir...
No sono a paz interage na vontade...
Os sonhos são diferentes e as razões de vida também...
Nada te persegue quando o adormecer vem...
Logo o dormir se torna realidade, e a realidade é o pesadelo...
As químicas externas são as personalidades do ser...
Sem elas não se vive, e elas evoluem em ser humano...
O rótulo é o corpo...
As drágeas a alma...
A loucura é o próprio pensamento...
As verdades são as mentiras da mente...
O corpo muda de direção...
E só quer uma solução, fugir de si mesmo...
As prateleiras estão vazias...
Não há nenhum amor sobressalente nelas...
As esperanças são cozinhadas em gordura quente...
E a vontade de não existir é servida todas as manhãs...
Só há um pensamento...
O sótão esta aglomerado de passados longínquos...
Nada é aproveitado...
É jogado para fora e desintegrado pelos dias que se vão...
Não há futuro...
O presente não existe...
O ar sufoca...
E a surdez é inevitável...
Os sentimentos atrofiam, encolhem...
O vazio...
Um buraco...
Tanto faz a cama para deitar...
Tanto faz uma palavra dita...
Tanto faz, o tanto faz...
Nada faz tanto...