VERME
VERME
Logo ver-me-ei verme
Ver-me assim
Será natural naturalmente
Cabeça de poeta imagina
Mas não mente
Demente de tudo
Vermelho coagulado
Estará abaixo da lápide
A sentir vermes
Degustando-o sem poesia
Apoeirando-o sem dó
Só ossos ficarão impunes
Imunes
Por algum tempo
Até a chegada
De outro ambulante