Múltiplas cores caxienses
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Em tua alma
Vejo a coragem que tens
Negros ou brancos
Não importa sua cor
O que importa e o caráter
Pois tens prestígio e valor
É dentro do teu peito muito amor
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Da simplicidade que carrega
Ao sorriso que encanta
São esses os trancos
Do povo afro-caxiense
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Vindos de longe
Trazendo consigo
A beleza de sua cultura
E a sabedoria
De tantas e tantas gerações
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Nesta terra de gigantes
De poetas
Doutores
Políticos
Professores
Damos graças a minha Caxias
Por tamanha acolhida
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Na colônia
Império
Ou na República
Não existe quem não deixe de admire sua história transformada em poesia
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O povo caxiense e
Bravo
E forte
Pois é filho do Nordeste
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Nos seus olhos
Tens as marcas das lágrimas
Que de tanto sofre
Apresentou-nos
Mais vejamos a luz de um novo viver
Buscando sempre o amor
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Caxias berço de poetas
Terra de águas cristalinas
Do pirão de parida
Das palmeiras onde cantava o sabiá
Do festejo de São Benedito
Dos caretas
Das quadrilhas
Do velho casino caxiense
Da linda Praça do Phanteon
Das fábricas
E dos belos babaçuais
Do seu Dá
E de tia Miroca
E de muitas outras lembranças
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Terra de mistérios
Lendas e crenças
Cantadas em prosa e versos
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Nos trilhos da memória
Caxias conta tua história
Através do teu povo
Balaiada não mais contada pelos vencedores
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Seque suas lágrimas
E viva sua cor
Admirado sempre as belezas da princesinha do sertão.